[LIVROS] | Bandolim
Hoje, Dia Mundial da Poesia, voltamos em grande ao Projecto #lerpoesia. Este mês haverá opinião de dois livros para compensar a minha falha em Fevereiro, ambos de Adília Lopes (pseudónimo literário de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira), da qual já estava a morrer de saudades. Em 2017, li pela primeira vez Adília (Manhã) e fiquei completamente apaixonada por esta poetisa, cronista e tradutora portuguesa.
O estilo de Adília Lopes é inconfundível mas também difícil de classificar. Os seus livros não se fazem apenas de poemas, mas são pura poesia. Reflexões, memórias, poemas, palavras, citações. De uma simplicidade e genialidade ímpares, Adília desarma-nos e deixa-nos de sorriso nos lábios. Quando leio os seus livros, fico sempre cheia de vontade de lhe dar um abraço e a desejar que seja da minha família.
Já andava a namorar este Bandolim desde que terminei o Manhã mas fui resistindo. Até que, numa ida à Fnac de Santa Catarina num sábado chuvoso, lhe peguei e li quase 50 páginas de enfiada. Uns dias depois estava a encomenda feita e o livro nas minhas mãos. Não conheço a obra toda de Adília Lopes, mas Bandolim é, em termos estruturais, semelhante ao Manhã, por isso lê-lo foi como regressar a casa, tão bom.
Se ainda não conhecem esta magnífica mulher e a sua escrita, não esperem mais. Precisamos de mais Adília nas nossas vidas.
MODUS OPERANDI
Nunca consegui escrever nada com projectos, planos, programas, esquemas, prazos. Grão a grão, verso a verso, enche a galinha o papo. Pôr o carro à frente dos bois. Assim é que funcionou para mim.